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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os escritores

São os mais condenados
Morrem apaixonados
De decadência
Na solidão
Sofrem do coração
Em silencio ou em vão
Oh! Apaixonado coração
Suplico piedade
Em ter meus soluços
Tento distrair- me com a noite
Na madrugada vazia
Meus vícios falam mais auto
Meus versos ganham mais rimas
Em meus pensamentos
Só a dor
Em minhas palavras
Tristeza
Quero sentir novamente
O sol no meu rosto
Não quero esse desgosto
Recuso-me a me entregar
Transformar na decadência
No silencio de um olhar
Minha alma suplica
Meus sentidos
Que sentidos?
Não mais sei se os tenho
Vejo rostos
Mais qual será o meu?
Procuro um caminho
Uma direção será que me ouvem?
O silencio me mata.
Não posso ser tão diferente em minha mesmice
Gritar não adiantara
Aonde vou para?
Parar ou continuar?
Dormir ou escrever?
Fumar ou beber?
Morrei logo
E o que deixarei?
Algum verso chinês?
Isso e louco eu sei
Enquanto a hora não chegar
Imagino como será
O que estará lá?
Alguém vai me esperar?
Só o que me resta
São meus versos
Minhas rimas
Meu futuro não sei
Viver o presente
Tão mais intensamente
Quanto o passado
De distante deixei
Com um ponto final encerrarei 
Um final feliz?
Não, não para os poetas
Assim o destino nos encarrega.
Amar intensamente
Sofrer mais ainda
Morrer,  e esquecer a vida.

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